Ao distribuir água para garantir consumo, os sistemas sofrem perda de água na distribuição que, na média nacional, alcançam 39,2%.

“É impossível realizar boa gestão sem boa informação, ou seja, sem dados atualizados, amplos e precisos”, afirma o diretor pedagógico da Allevant Educação, prof. Dr. João Sergio Cordeiro. E essa afirmação não é por acaso, pois ela enfatiza um dos problemas mais dramáticos da área de Sistema de Abastecimento de Água do Brasil: o problema das perdas.

Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS 2019, citado pelo Instituto Trata Brasil, indicam que “ao distribuir água para garantir consumo, os sistemas sofrem perdas que, na média nacional, alcançam 39,2%”. São 7,1 mil piscinas olímpicas de água potável perdida todos os dias.

“E a perda de água acarreta outras perdas: perda de energia elétrica, de produtos químicos adicionados no tratamento e, claro, perda de credibilidade das empresas responsáveis”, afirma Cordeiro.

Quais ações podem ser tomadas para diminuir a perda de água?

Uma das ações possíveis que podem ser adotadas para diminuir esse problema é o da instalação de macromedidores nas áreas dos sistemas em que a vazão é elevada como, por exemplo, nas adutoras e na entrada e saída de reservatórios em espaços setorizados:

“Poucos sistemas fazem controle de entrada e saída de água nas adutoras, seja nas adutoras de água bruta ou nas de água tratada; adutoras que, em sua maioria, têm grandes extensões. Essa medição pode ser feita por meio de macromedidores”, salienta Cordeiro.

Quando existe a setorização, os eles também são de fundamental importância, pois os dados gerados permitem a comparação entre o volume que entra em determinado setor, o que é consumido pelos clientes, que é medido pelos micromedidores (hidrômetros), e o que sai desse setor.

A importância das informações dos macromedidores para o controle da perda de água

“Tendo essas informações em mãos, os gestores conseguem mapear o consumo das várias localidades e inferir, por exemplo, quais os setores em que a perda é maior. A partir daí, podem organizar planos de controle das perdas sabendo onde e o porquê elas estão ocorrendo”, explica Cordeiro.

Ele ainda salienta que esse é um das inúmeras questões relacionadas às perdas: “Já ministrei vários cursos sobre o tema, é um problema complexo que envolve a solução de vários problemas menores, mas para os quais existem soluções, existem técnicas e tecnologias muito úteis e eficientes para auxiliar os gestores. Muitas vezes, no entanto, falta é capacitação dos operadores”, afirma o diretor pedagógico da Allevant Educação.

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